25.2.17

Me desculpe, majestade

Eu gosto do feriado, mas não gosto do carnaval.

Como se não fosse suficiente o país inteiro parar nessa época do ano, as bandinhas de frevo, os desfiles das escolas de samba, as marchinhas, a agitação das pessoas, as notícias no jornal, que não falam de outra de coisa, eu ainda moro perto da concentração de um bloco.

O maior da minha cidade, para ser mais exata. 

Durante os dias de festa, o bairro se transforma numa loucura de gente fantasiada, gente bebendo, gente suja de espuma e com o cabelo descolorido, som de carro estrondando, congestionamento, ruas interditadas, latinhas jogadas no chão, gente fazendo xixi nos muros, nos pneus dos carros, nos portões, ambulantes vendendo água e cerveja pela hora da morte, carrinhos de espetinho soltando fumaça. 

Sem esquecer a inconveniência de que é muito trabalhoso sair de casa de carro. Tem que ser antes ou depois do bloco passar. Além disso, pelas ruas onde o cortejo passa, qualquer carro estacionado recebe multa e é guinchado pela prefeitura.

Juro que apesar de não curtir a folia, esse ano fiquei meio tentada em sair no bloco depois que li umas matérias sobre gente que foi vender sacolé e faturou uma nota. Mas, sendo bem realista, por mais que eu tenha conversado com o meu irmão e a minha cunhada sobre essa possibilidade, isso está mais para ser só uma ideia louca que passou voando na minha cabeça. Não me programei para nada, minha tia está de mudança e lá no fundinho do meu coração, continuo sendo uma pessoa que prefere estar no sossego de casa.

Esperando o bloco passar, o reinado do Rei Momo acabar e a vida voltar ao normal.


22.2.17

O que eu aprendi com Marie Kondo

Faz alguns anos que me interesso por organização e estilos de vida minimalista, mas só depois de passar por duas mudanças em pouco tempo é que comecei a me questionar se eu precisava mesmo de tantas coisas. Aos poucos fui me desfazendo de uma coisinha aqui, outra acolá. Num dia eu limpava uma gaveta, noutro uma caixa esquecida no guarda-roupa.

Em cada grande faxina eu tentava me desapegar de roupas, livros estragados e lembrancinhas de viagens. Até que no final do ano passado eu tive a oportunidade de ler o livro da Marie Kondo e experimentei fazer um destralhe completo. 

A fase de triagem dos livros

Não vou dizer que concordo com tudo o que ela diz (isso de ficar conversando com os objetos e pensando nos sentimentos deles é maluquice!), mas resolvi testar alguns métodos. Um deles foi colocar todas as coisas da mesma categoria no mesmo lugar. Parece uma bobagem por ser algo tão óbvio, mas quando comecei a organizar por tipo/função, percebi que eu tinha muitas coisas espalhadas. O outro foi guardar as coisas que me “traziam alegria” e descartar o resto. 

Como esse conceito de alegria é um pouco perigoso, pois num dia eu posso acordar feliz da vida e no outro com cara de quem comeu limão, pensei em razões mais práticas, como a serventia, para fazer o destralhe. Assim me livrei de manuais de instruções, besteiras de papelaria, livros que usei no trabalho de conclusão de curso, revistas velhas, apostilas antigas de concursos públicos, bijuterias, roupas que nunca usei, roupas que eu não gostava de usar, bolsas que estavam paradas, maquiagens vencidas, livros que nunca li, livros que li e não gostei, livros que gostei, mas que não significavam tanto, sapatos que não faziam mais meu estilo…  



Não sei se é impressão minha, mas parece que o ambiente ficou mais leve, mais fácil de limpar, sabe? Não sinto mais o desânimo de ver tantos livros acumulados para ler um dia. Minhas gavetas só guardam o essencial, em vez de uma porção de papéis e canetas sem uso. Meu guarda-roupa ficou mais bonito com menos cabides pendurados. Além disso, sinto que estou pensando mais quando vou comprar alguma coisa – se preciso mesmo daquilo ou se é uma compra impulsiva.

Independentemente das loucuras que Marie Kondo sugere, da qualidade do livro ou da descrença das pessoas com a real necessidade de se fazer um desapego tão grande, para mim a experiência foi bastante positiva. Tanto que o próximo passo é fazer um destralhe no meu computador.

16.2.17

Semana 3: Coisas pra se fazer no calor

Lavar o banheiro
Ou qualquer outra parte da casa. Ou lavar roupa. Ou lavar o carro. Ou dar banho de chuveiro num bebê. Qualquer atividade doméstica, por mais chata que seja, quando envolve água e molhação ameniza um pouco o calor.

♥ Tomar sorvete
Até a amigdalite e a faringite atacarem… e eu continuar com calor, mas sem poder tomar sorvete.

♥ Banho frio
É verdade que eu tomo banho frio o ano inteiro, incluindo o período de inverno, só que no calor o banho fica mais agradável. Ainda mais nesse verão absurdo!

♥ Fazer nada
Simplesmente deitar numa rede, se jogar no sofá, deitar no chão frio... Fazer nada porque qualquer esforcinho já faz suar. 

9.2.17

Semana 2: Eu nunca...

Aprendi a andar de bicicleta
Às vezes tenho a impressão de que fui criada para ser modelo, porque tenho pouquíssimas cicatrizes da infância. Acho que, justamente por eu ter sido uma menina magricela, com cara de frágil e voz de algodão-doce, ninguém quis se arriscar e me ver toda arrebentada.

♥ Conheci outro país
Até hoje eu não tive oportunidade nem dinheiro suficiente para conhecer os lugares da minha lista de desejos, mas quem sabe um dia, né?

♥ Fiz uma tatuagem
Se dependesse do meu irmão, eu já estaria com o desenho pronto e hora marcada no tatuador. Ou melhor, já estaria com a tatuagem feita. Mas, né, como tatuagens são decisões permanentes, e bem fáceis de causar arrependimento depois, ainda não me decidi totalmente sobre o local, o desenho e muito menos com qual profissional vou fazer.

♥ Saí num bloco de Carnaval
E pretendo nunca sair. Sei que é moda sair em bloquinho, dá muita gente bonita e tal, mas qualquer pessoa que me conheça minimamente bem sabe que eu detesto Carnaval. Tanto que uma vez meu tio me ofereceu uma câmera fotográfica se eu saísse num bloco... O que, é claro, não aconteceu.

2.2.17

Semana 1: Coisas que me fazem ficar feliz

Dormir bem e acordar disposta. Acho que hoje em dia quase todo mundo tem problemas para dormir. Eu, pelo menos, tenho a impressão de que acordo me sentindo mais cansada do que quando fui dormir.

♥ Quando o livro é tão bom que não dá vontade de parar de ler. Eu sempre estou lendo alguma coisa, mas quando a história do livro é empolgante ou a maneira como ele foi escrito torna a leitura agradável, fica melhor ainda.

♥ Deitar na cama e sentir o cheirinho dos lençóis limpos. Principalmente depois de um dia cansativo. A sensação é relaxante demais.

♥ Jogar The Sims e inventar loucuras com as minhas famílias. E construir e decorar as casas! Me julguem se quiserem, digam que isso não é coisa de gente adulta, mas há anos eu jogo e amo!

 O frescor da casa depois da faxina. É uma paz de espírito tão grande depois da faxina que parece que limpei a alma junto com a casa.

♥ Quando o dia de estudos rende. Tão bom quando estou tão concentrada estudando que nem percebo que o tempo passou no cronômetro.

♥ Uma xícara de café fresco de manhã. Um dos meus grandes desejos é me casar com uma pessoa que também ame café. Assim posso dividir esse prazer de tomar um cafezinho recém-passado.

♥ A risada do meu sobrinho. Eu amo tudo naquela coisinha gordinha, mas depois que ele superou a fase de estranhar as pessoas, incluindo a tia aqui, cada risada que arranco daquela boquinha com dois dentinhos se tornou ainda mais gostosa <3

♥ Sorvete de morango. Não que eu tenha um paladar infantil, mas um sorvete de morango sempre é o meu favorito. Ainda mais se tiver aquele toque azedinho!

♥ Tomar banho com um sabonete novo. Principalmente quando o sabonete é bem cheiroso e cremoso! O banho fica muito mais gostoso.


Desafio encontrado em Nina Altomar.