25.3.15

Terrorismo textual

Acho a internet uma beleza. Basta jogar qualquer palavra e vem uma enxurrada de lugares para pesquisar. Mas de vez em quando eu preferia ficar na ignorância.

Vou fazer uma cirurgia de miopia. Há anos tenho vontade de me livrar dos óculos e ter uma vida mais independente. Só que os relatos que encontrei me assustaram. Me deixaram com a sensação de que vou deitar numa mesa de tortura, enquanto o médico vai espatifar meu olho com uma navalha. 

Não sei se as pessoas escrevem coisas assim para assustar de propósito ou porque elas são exageradas mesmo. Mas se eu sobreviver ilesa, prometo uma historinha mais sincera.



Tipo Fish e o Dr. Dulmacher...


11.3.15

Sinceridade literária

Tempos atrás, quando decidi ler Liberdade, do Jonathan Franzen, busquei por resenhas que fossem além do hype. Mas a maioria falava muito bem do livro, da maneira como o autor conduzia a narrativa, de como os dramas da família Berglund eram interessantes, e que até a Oprah tinha incluído o livro no seu clube de leitura.

Eu li e não vi nada disso. Apenas um livro grosso, com vários parágrafos que poderiam ser suprimidos e personagens sem empatia. Valeu a pena a leitura? Sim, do ponto de vista do conhecimento. Mas a questão não é o Franzen nem sua liberdade. É a falta de opiniões sinceras. Vejo muita bajulação em torno de livros, maquiagens, produtos de cabelo e todo tipo de futilidade que possa render alguns jabás.  

Por isso, quando eu escrever sobre um livro, será sobre o que eu realmente achei do livro. Se for bom, tudo bem. Darei os elogios merecidos. Caso contrário, é apenas a avaliação de um consumidor que comprou algo ruim e tem todo o direito de reclamar. Afinal, não ganho dinheiro fazendo publieditorial nem recebo presentes das editoras.