A garota na teia de aranha, David Lagercrantz
Continuar a história de outro autor é uma tarefa arriscada na literatura. Por isso, não me surpreendi com a grande quantidade de críticas negativas que encontrei sobre A garota na teia de aranha. Visto como uma obra única, sem comparar com os outros três volumes, o livro é bom. Tem uma narrativa fluida, ação e suspense o suficiente para prender a atenção e personagens que fazem sentido dentro da história.
Mas se for para analisar como uma continuação da obra de Stieg Larsson, tenho que concordar com as críticas: o livro é decepcionante. Senti falta da química entre os personagens principais, muitos diálogos pareciam forçados e tanto a personalidade de Mikael Blomkvist quanto de Lisbeth Salander não parecia mais a mesma. E, sinceramente, qualquer pessoa que tenha lido a trilogia Millenium sabe que Lisbeth Salander é a melhor parte da história.
Não quero me alongar e me tornar mais uma crítica desfavorável. A garota na teia de aranha é um livro que pode ser bom, excelente, ruim ou mediano, depende apenas do ângulo de análise.
O quarto de Jacob, Virginia Woolf
Toda vez que leio Virginia, tenho a impressão de que todos os livros dela foram batidos no liquidificador e depois publicados. As histórias são fragmentadas, sempre há personagens esquisitos e no fim sempre fico com a sensação de estar perdida. Quando terminei de ler O quarto de Jacob, não sabia se achei o livro ruim porque não entendi quase nada ou se porque existe alguma possibilidade do livro não ser tão bom quanto os outros. Acho que o mais provável é que eu seja burra mesmo para entender Virginia Woolf.